Ao encontrar uma plataforma LMS que corresponda às necessidades da empresa, muitos gestores pensam que a tecnologia resolverá a maioria das questões relacionadas ao desenvolvimento de pessoas.
Na verdade, os recursos do e-learning chegam somente para ajudar e, ao contratar um sistema para educação corporativa, começa um dos maiores desafios: a rotina de produção de conteúdo.
Para compreender quais são os materiais que mais vão atrair a atenção dos colaboradores e colaborar no desenvolvimento de competências e habilidades, o primeiro passo é questionar.
Sim, escutar do seu público o que e como preferem absorver conteúdo faz toda a diferença. Quais são as suas preferências? Trabalhar exclusivamente com vídeo faz sentido para os envolvidos? Como imaginam uma trilha de conhecimento ideal?
Responder a essas perguntas é o primeiro passo para que o gestor comece a planejar a melhor maneira de os funcionários desenvolverem skills que ajudem a organização a cumprir suas metas e objetivos.
Porém, esse planejamento não depende somente do líder de RH ou de T&D. No processo de produção de conteúdo de e-learning, faz-se necessário o envolvimento de diversos profissionais, de pedagogos a profissionais de programação.
Continue acompanhado o artigo e entenda como funciona o ecossistema de educação corporativa, quando o assunto é a criação de conteúdo.
Planejamento: envolvimento de pedagogos e designers
“A primeira tarefa do professor de e-learning é desenvolver um sentimento de confiança e segurança dentro da comunidade eletrônica. Na ausência desta confiança, os alunos sentem-se inseguros e constrangidos para colocar seus pensamentos e comentários”.
A citação de Terry Anderson, teórico do e-learning e professor da Athabasca University, no Canadá, deixa clara a função do professor no engajamento dos colaboradores, em um curso online.
Mas a verdade é que tudo começa com o planejamento das trilhas de conhecimento, que passa, principalmente, pelo envolvimento de pedagogos e designers no processo.
Enquanto o pedagogo possui todas as técnicas para atribuir ao conteúdo dos cursos a atratividade necessária, o designer compreende se as alternativas apresentadas são possíveis de serem colocadas em prática, seja na questão de uma animação, vídeo ou jogo, por exemplo.
Primeiro é construído o roteiro do curso, que é o documento que guia e estrutura tudo, apontando todos os textos, imagens e recursos necessários para que o aluno compreenda o assunto abordado.
Essa produção pode ser realizada internamente, caso você tenha colaboradores disponíveis para tal, ou então por uma empresa especializada.
Desenvolvimento pelo designer instrucional
Após traçar toda a trilha do conhecimento de um curso, desde a iniciação até a avaliação de testes, é a hora de cria-lo de fato.
É então que surge a importância do designer instrucional. Ele tem o papel de demonstrar a importância de um processo de e-learning bem elaborado e engajar o público a acompanhar os cursos ofertados como uma forma concreta de capacitação e elevação dos resultados da organização.
O designer instrucional é um termo bem difundido na área da educação, geralmente relacionada a engenharia pedagógica. Ele é considerado o “cérebro” da educação corporativa online, pois é responsável pelo planejamento, criação e aplicação do conhecimento.
Seja o objetivo do gestor propagar conteúdo em vídeo, softwares integrados, fóruns, games ou redes sociais internas, o designer instrucional sempre estará por trás da concepção.
Contar com um profissional dessa natureza é saber que sempre existirá alguém focado em oferecer a melhor experiência educacional para os seus alunos.
Programador para implementações
A necessidade de um programador na produção de conteúdo online passa muito pelo SCORM, linguagem universal para conteúdos aplicáveis em plataformas de LMS.
Na prática, é o conjunto de padrões e especificações técnicas desenvolvidos para garantir que exista uma comunicação eficaz entre cursos online criados e os diversos softwares disponíveis no mercado.
Apenas como curiosidade, SCORM é a abreviação para shareable content object reference model, ou modelo de referência de objeto de conteúdo compartilhável.
Pois bem, para tudo o que foi pensando por pedagogos e designers funcionem integralmente em sistemas, o programador surge com a função de tangibilizar as trilhas de conhecimento para o dia a dia.
Gostou de conhecer sobre os bastidores de criação de conteúdo e-learning? Esperamos que este artigo tenha motivado você a se aprofundar nas inúmeras aplicações de educação corporativa.
Cristiano Franco
Diretor Comercial e Marketing